domingo, 31 de janeiro de 2010

"Por muito tempo achei que ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência,

essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim."
Carlos Drummond de Andrade

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