quinta-feira, 15 de julho de 2010

Feiticeira


Sou filha da lua e do tempo,
mulher sagrada nas feridas,
que carrega a espada forjada na dor.
A força dos pensamentos é a cura,
a minha vontade, o caminho sem véus
onde vive a parte divina, sem ilusões.
Sou a grande senhora de mim.
Desbravo matas e florestas,
mas vou te buscar no tempo que for.
Tu carregas a lança de cristal,
espantas teus demônios,
mas meu corpo não há de ferir.
Canto meus lamentos num ritmo único,
sou a feiticeira que te persegues,
nem me percebes nos teus sonhos.
Sou levianas tentações,
a água que desejas beber
o alimento que buscas sem saber.
(Escrito por Cíntia Melo)

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