A primeira vez que li uma poesia de Flora Figueiredo
foi na última página da revista Cláudia,
não me lembro bem onde,
não me lembro bem onde,
só sei que foi amor a primeira poesia...
e não resisti
arranquei a folha e trouxe comigo,
pois tive medo de não lembrar o nome da escritora..rs
Separei aquelas que considero as mais bonitas
Separei aquelas que considero as mais bonitas
das que tive oportunidade de ler e tudo começou com esta:
ILHA
Não sei por que tanto mar em minha vida.
Ele que fala sempre em despedida,
que canta distância e solidão.
Por vezes parece até que ele vaza,
derruba minha porta,
invade minha casa,
ocupa minha cama,
lava meu chão.
Ele é que faz do leva-e-traz de cada onda
o mensageiro dos afetos separados
lá no horizonte,
onde a terra se arredonda.
São tantos anos de tamanha intimidade,
que hoje carero a forte sensação
de que o mar alterou-me a identidade:
metade água e metade coração.
ILHA
Não sei por que tanto mar em minha vida.
Ele que fala sempre em despedida,
que canta distância e solidão.
Por vezes parece até que ele vaza,
derruba minha porta,
invade minha casa,
ocupa minha cama,
lava meu chão.
Ele é que faz do leva-e-traz de cada onda
o mensageiro dos afetos separados
lá no horizonte,
onde a terra se arredonda.
São tantos anos de tamanha intimidade,
que hoje carero a forte sensação
de que o mar alterou-me a identidade:
metade água e metade coração.
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